Os edifícios próximos ao mar precisam de uma atenção especial, a cada três anos é necessário fazer uma manutenção e até mesmo, se necessário, trocar as estruturas da fachada. Sem essa manutenção, o desgaste prematuro acaba danificando as estruturas internas e externas do prédio.
Antero Parahyba é engenheiro especialista em estruturas prediais, diz sobre o desgaste das fachadas: “Todo edifício tem sua fachada exposta ao tempo, elas sofrem com elevação térmica durante o dia e resfriamento à noite. São vários os materiais em uma fachada e eles se dilatam diferentemente, isso gera uma fragilidade, as fachadas ficam vulneráveis à água. Na praia nós temos um sopro diário de sal, o vento traz o sal que fica impregnado na fachada, a umidade leva esse sal para o interior do revestimento e ele atinge a estrutura, aí começa o processo corrosivo”.
Maria Auxiliadora é síndica e convocou uma assembléia em seu condomínio para discutir a necessidade de recuperar as fachadas do prédio. Ela disse que a maior dificuldade foi fazer com que os condôminos entendessem a necessidade da obra.
“O prédio tem 24 anos de frente ao mar, sofreu todos os efeitos e intempéries da natureza. Mediante o estado que ele se encontra foi inevitável a aprovação da obra. Agora nós pretendemos recuperar o prédio e deixá-lo apto a resistir mais quinze anos”, diz a síndica.